INFERNO NO CÉU
Sinto a força do
instinto em mim,
Pânico, gosto de
morte;
Corrói a carne
pouco a pouco.
Fere, machuca, sangra!
Um inferno no céu!
Dor do desejo:arme-se
de punhal.
Não tenho pistas de
sua mente,
Insana, demente, comum?
Quem vive neste
crânio?
Se esconde dentro
deste osso duro.
Assassino, morte
pelo terror da dor,
Pequena dor, indica
o desfecho.
Terror milimétrico...
Numa caverna escura
morcegos me sugam.
Numa caverna escura
morcegos me sugam.
Numa caverna escura
morcegos me sugam.
Morro lívida.
O desconhecido me
apavora.
Vadio, estonteante,
patético...
Mato você a cada
dia.
Voa livremente e suas
garras delicadas cravam em mim.
Expulsarei você à
machadadas! Vá e esqueça as chaves.
Tiros de pistola...
Morte da dor,
A dor é um presente
do veneno da carne,
Vício passional,
Humores devastados,
Mal inventado por
patéticos,
Ridículo.
Sei o fim.
Tenho cemitérios
dentro de mim,
Encarceramento da
dor,
Exemplar do mal
humano,
Esquecimento.
Sou rainha do meu
reino.
Decretarei
solenemente: morram os sentidos!
Morte da dor: arrasta
a esplêndida alegria fugaz,
Da porra deste mal
que é inferno no céu.
Conheço um ínfimo
de sua fragilidade,
Sua possessão do
pânico,
Atormentando seus
calcanhares,
O verme que come sua
carne fresca.
Você não me
empresta a ninguém,
Neste reino sou
Elizabeth II.
Vejo antes de você,
porque já vivi sua existência,
Sou você antes do
devir.
Garra de rapina, sede de poder,
Macho primitivo é
nulo, demodé.
Seu lamento me
enoja.
Matem todos os
machos deste reino equivocado!
Construam-se
cemitérios para todos os escrotos antiquados;
Conservadores do pó
de vermes,
Despejem seus
corpos podres numa vala comum.
Matem a opressão
aniquiladora, dona da dor do pânico,
Da mão que nos
estrangula, da inveja que destroi lentamente.
Abaixo a ditatura
das bengas decadentes, pensam ser donas de toda volúpia.
Deixem estas camas
de pregos,
Gritem pelas ruas
escancaradamente o seu fim iminente.
Não permitam que
seu domínio cale as bocas das mendigas modernas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário