Papoulas
Construí a divindade
daquilo que recebi.
Palácios guardam tesouros
inconfessáveis.
A ousadia se esconde
atrás de baobás humanos.
Monstros nos mostram o
caminho a seguir.
Siga a seta e o caminho
se descortinará,
Faça a festa antes que as
cortinas queimem.
Jogue dinheiro no poço da
miséria,
Lá encontrará Amélias,
Vestidas de groselhas,
De pernas abertas para
você gozar.
Matem todos os viciados,
mal amados,
Interpretados e
lambuzados de anestésicos
Ponham asas nos toscos
para que se despedacem
E não nasçam do piano.
Ofertas para casa das
Camélias,
Cheias de Célias, Ofélias
e papoulas amarelas,
Enfeitadas pela negra dor
dos amantes renegados.
Afastem-se de minha
esperança, não permito invasões.
Afastem-se de minha
esperança, não permito invasões.
Afastem-se de minha
esperança, não permito invasões.
Dancem no meio da
devastação.
Não permitam que falsos
reinos traguem seus demônios.
Eles trarão a despedida
das Camélias.
POR LUCY GIRARD - COPYRIGHT